Foto: Rota (Divulgação)
Desde o fim de agosto, a concessionária Rota de Santa Maria está com 270 câmeras de monitoramento espalhadas pelos 204 km da RSC-287, entre o trevo do aeroporto de Santa Maria e Tabaí. As imagens, que vão para o Centro de Controle Operacional (CCO), são monitoradas 24 horas e auxiliam as equipes para acionar serviços de ambulância, guincho, viatura de inspeção e caminhão-pipa, conforme o tipo de acidente ou problema que ocorre na estrada.
Há até um sistema inteligente que dá um alerta automático ao operador quando um veículo para na rodovia, pois pode indicar pane ou acidente.
A tecnologia ajuda a dar uma resposta mais rápida de socorro, até porque a concessão para pedágios prevê também várias ambulâncias e guinchos atendendo de graça os usuários da estrada, mesmo quem nem passou ainda por uma praça de pedágio.
Outro uso das imagens poderá ser para o esclarecimento das causas de acidentes ou para identificar, por exemplo, veículos que provocaram um acidente e fugiram do local.
A coluna questionou a Rota se as imagens podem ser pedidas por qualquer motorista de forma administrativa, diretamente com a empresa, ou somente via pedido judicial. A resposta foi a seguinte:
“As câmeras da rodovia servem como apoio aos órgãos externos. Eles podem pedir as imagens via ofício, pelo e-mail [email protected]. Todo usuário que queira imagens da rodovia terá que solicitar via judicial”.
O Batalhão Rodoviário da Brigada Militar, que faz o policiamento da rodovia, é um dos órgãos que pode pedir acesso às imagens. O capitão Thiago Feiten Nunes, comandante da Cia Rodoviária de Santa Maria, afirma que, geralmente, quando não há divergência entre condutores, o Boletim de Atendimento é feito de forma imediata e as razões do acidente já são esclarecidas:
– Quando há divergências, na grande maioria das vezes a própria guarnição que atende consegue encontrar as causas do acidente. As câmeras vão nos ajudar, de maneira mais incisiva, para aqueles casos em que os condutores restam em óbito ou incapazes de comunicação. Ou quando as vítimas são todas levadas ao hospital, por exemplo.
Novas viaturas e balanças
O contrato de concessão previu que a empresa que assumisse a RSC-287 tivesse de comprar viaturas novas e reformar os postos do Batalhão Rodoviário na rodovia. As obras já estão sendo feitas, enquanto as viaturas já chegaram. A cada determinado período, novas viaturas terão de ser compradas pela Rota. Duas balanças de pesagem terão de ser instaladas até agosto de 2024 na RSC-287, para ajudar a evitar acidentes provocados por veículos com excesso de peso, além de diminuir o desgaste da estrada. O local está sendo definido.
E a duplicação?
A expectativa do Estado e da Rota é que a duplicação da RSC-287 inicie ainda este ano, quando sair a licença da Fepam. O contrato prevê que devem ser duplicados os trechos urbanos de Santa Cruz e Tabaí até agosto de 2024. Portanto, a Rota não está atrasada no prazo. No 4º ano, até agosto de 2025, devem estar duplicados os trechos urbanos de Santa Maria (1,5 km do trevo do aeroporto em direção à Base), Paraíso do Sul, Novo Cabrais e Candelária.
